3 de jun. de 2009

Planos

Não quero ser otimista em dizer que tenho novos planos.
Mas parece que algo insiste em brotar na minha mente.
Mas logo desaparece. Não chega a durar um dia.
Como os cogumelos frescos que sempre vi na Serra da Cantareira.
Aqueles por quais sempre me encantei pela suas breves vidas, cores fascinantes, formas inquietantes.
Talvez assim deveriam ser meus pensamentos também.
Como os cogumelos.
Alucinógenos?
Não sei.
Se algum dia alguém provar meus pensamentos, me diga se eles podem ser assim... alucinantes como LSD.
Huahuahua...
:)
Um ser humano é capaz de dizer coisas impressionantes quando não se tem muita coisa pra fazer...
Quando não se está ocupado demais.
Quando não há mais razão pra deixar algo pra depois... e mesmo assim, continua adiando algumas coisas só para não perder o hábito.
Confesso que algumas coisas não faço por medo de perder minha identidade.
Sempre fui metódica no modo de pensar pra poder ser bagunçada no modo de agir.
Ultimamente tenho sido bagunçada em tudo.
Afinal, não tenho hora pra nada.
Só olho para o relógio pra chegar à conclusão de que tenho que fazer o jantar às 21h00 porque a cambada chega morrendo de fome e se eu não faço o jantar, ponho meu pescoço na guilhotina. Huahua...

Essa hora que a cidade acorda pra ir trabalhar, estava eu aqui vendo filmes desde ontem. Só estou escrevendo agora porque não quero perder os detalhes, as impressões que fiquei pensando o dia todo.
Gosto de escrever antes de dormir. Seja lá que hora for isso.
Mas meus pseudo-planos parecem fazer algum sentido para mim.
Me agradam.
Por alguns instantes tenho aquela sensação que todas as pessoas que estão condenadas à morte tem: a de que precisam pôr a vida em ordem antes de morrer. Mas não sei quando vou morrer.
Mas é como se alguma força maior simplesmente desse um cutucão no meu ombro por trás e dissesse
"Hey! Chama isso de vida? Isso é o melhor que pode fazer?"

Sinto dizer, mas eu não vejo um futuro muito brilhante para mim. É até um tanto medíocre.
Não vou salvar vidas. Não vou defender um ideal. Não vou ter como objetivo fazer pessoas felizes.
Mas chego a conclusão de que tudo o que quero ser é uma pessoa comum.
Dessas que seguem uma rotina chata.
Que faz um serviço sem nenhuma criatividade.
Queria ser normal.
Sabe...
Se alguém me acompanhou estes longos anos até aqui, deve saber que tal coisa é um tanto impossível.
Eu não sou normal.

Até tento por um único dia na minha vida [que ainda não ocorreu] ter um café da manhã, almoço e jantar. Poder rechear o dia com muito trabalho e antes de terminar o dia, assistir um DVD.
Ficar presa em trânsito caótico no ir e vir do trabalho.
E pensar que no fim de semana poderei ir a um barzinho encontrar os amigos depois de ir ver um filme novo no cinema.
E passar o domingo lendo o livro novo que comprei...
Mas não dá.
Não funciona assim.
Como disse, não sou normal.
Não sou normal.



Assisti Sete Vidas.
Pra variar, mais um filme com Will Smith que acho idiota.
Ele é tão "fodástico" que não bastava salvar algumas vidas, tem que transar com a coitada da morena.
E por quê salvar vidas? Ah... porque ele se sente culpado. Coitadinho... [Chega de spoilers!]
Também assisti Vicky Cristina Barcelona. Intenso. Tem um paladar que me agrada.
Pra dizer a verdade... achei machista. O cara só quer ter todas na cama dele. Bem no estilo "fantasia masculina" de ter mais de uma ao mesmo tempo. Uma loura. Uma morena. Elas se beijando e todas transando com ele. Ah! Me poupe.
Já tenho motivos de sobra pra achar os homens seres desprezíveis. Esse filme nem soma, nem subtrai. Bate na mesma tecla.
Sinopse pra esse filme? "Como embebedar mulheres e levá-las para sua cama. Todas elas. De preferência, ao mesmo tempo."

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