21 de dez. de 2009

Fim de um livro. Começo de outro.

Acabei de ler De A-ha a U2, do Zeca Camargo e não pude deixar de marcar três páginas.

A 358:

"(...) Como, apesar de todo aparente sofrimento físico, a lembrança é de um dos melhores momentos da minha vida? Pura paixão. Raras vezes trabalhei tão hipnoticamente enamorado do que estava fazendo. Fazíamos tudo movidos a uma energia inexplicável, satisfeitos com pequenas conquistas, rindo de cada pequeno atropelo, tentando não enlouquecer com as (médias e grandes) privações, celebrando cada bobagem que conseguíamos. Tenho saudade sobretudo da inocência com que nos atiramos cegamente a uma tarefa insana - e adorável. Isso, acho que a gente perde com a idade (...)."

E as 470 e 471:

"(...) É melhor estar sempre perdido em música - uma atitude não muito diferente, aliás, daquela que tenho quando estou viajando pelo mundo... Geralmente as pessoas viajam preocupadas em saber onde estão: mapas, guias, placas - dessas "ferramentas" parece depender o prazer de estar em um lugar desconhecido, quando na verdade o melhor de visitar um lugar pela primeira vez é de se dar o luxo de se perder.
Não saber o que uma esquina dobrada vai te trazer; pedir algo de um cardápio numa língua da qual você não entende uma palavra; seguir um cheiro na rua até ver aonde ele te leva; aceitar um convite para ir à casa de alguém que você acabou de conhecer e sentiu confiança; simplestente sair caminhando...
A mesma coisa é com música. É melhor se atirar no escuro, não depender apenas dos novos lançamentos de artistas que você já conhece, comprar um CD pela capa, sentir-se atraído pelo que parece tão diferente do que você costuma ouvir, não deixar seu gosto congelar. Por isso quero me dedicar sempre a perseguir músicas novas, de uma fonte que nunca vai se extinguir, canções eternamente despejadas por uma cornucópia de prazeres sonoros.
A música é tão rica quanto as pessoas que a fazem. O que equivale a dizer que ela é riquíssima - Milionária, trilhardária. Porque, de gente, esse mundo está bem servido. E, se você ainda tem dúvidas quanto a isso, coloque o fone de ouvido, aperte o play e olhe em volta..."

Não tive como não me identificar de cara com esses dois trechos...
O tempo que trabalhei pro whiplash.net, pro mundorock.net e pro já sumido atituderock.net me trazem lembranças das quais nunca vou querer esquecer.
Noites mal dormidas... Horas de espera... Muitos telefonemas... Tudo para um simples encontro com algum cantor ou banda, algumas fotos, algumas perguntas e fim.
Que vida!
Que dias de glória!
Hahahaha...

E também pela minha formação como Guia de Turismo.
O Zeca está certo em dizer que o melhor da viagem é se dar ao luxo de se perder...
As lembranças que a gente guarda de uma viagem cheia de aventuras é mil vezes mais legal do que uma viagem que segue à risca o roteiro e morro de tédio por só haver o previsível.

Zeca, seu livro é ótimo. Amei.
Vai pra estante dos livros que nunca irei dispensar.



Vou recomeçar a ler o livro do Amartya Sen, Desenvolvimento como liberdade.
Recomeçar porque já tinha iniciado a leitura no ano passado, mas acabei abandonando-o devido outras leituras que o curso de Economia me exigia.
Agora, já fora do curso de Economia [é... eu saí no começo do 2º ano da faculdade], trabalhando e estudando pra 2ª fase da Fuvest, loucamente atribulada, quero recomeçar a ler este livro.
É estranho.
Tem livros que pedem pra ser lidos só em horas atribuladas...
Existe sempre um livro adequado pra cada momento da nossa vida.
Mas quando não sabemos em que momento estamos e não sabemos que livro ler, recomendo que leia O pequeno príncipe, de Saint-Exupéry. Infalivelmente você se encontrará.
;)
Mas se quiser se perder, leia On the road, do Jack Kerouac. E boa viagem.

14 de dez. de 2009

Tá chegando o Natal!

Comecei a trabalhar e parece que fiquei blogueira desnaturada, abandonando o blog assim, à poeira e ao vento intergaláctico... NOT!

Primeiro, o cansaço de ter que adaptar meu horário ao NOVO HORÁRIO.
Sim... trabalhar como funcionária pública tem essas coisas e uma delas é trabalhar no "horário comercial"...
Pra quem não está entendendo, eu explico: eu vivo no Brasil, mas vivia no horário do Japão - traduzindo: meu horário era DO AVESSO. Eu passava a madrugada acordada e durante o dia eu dormia. Por quê?
Óbvio... O melhor da Internet é de noite, quando outras pessoas trabalhadoras voltam pra casa pra falar suas besteiras na rede. kkkkkkkk... Os shows acontecem à noite. As melhores notícias são dadas à noite, quando a maioria nem repara nelas. As atualizações são à noite. E à noite temos o silêncio merecido da cidade. Posso tocar música bem baixinho e ouvir como se estivesse ouvindo dentro do estúdio onde foi gravada, de tão alto que ouço. Posso assistir meus seriados favoritos sem ser interrompida por nenhum familiar, já que estão todos dormindo. À noite eu ganho a liberdade, mesmo que sozinha trancada em um quarto. Viajo o mundo todo através da Internet. Conheço pessoas sensacionais que, quando a sorte permite, as conheço pessoalmente nessas baladas, eventos e encontros onde me divirto 100x mais que virtualmente. Tenho carinho, paixão e amor por todos meus amigos virtuais tanto quanto os reais. Me despeço dos meus amigos virtuais com um grande e apertado abraço imaginário que muitos sequer pensam nisso. Mas é verdade. O que seria de mim sem meus amigos? O que seria de mim sem a Internet pra falar com meus amigos? Saudades sem fim...
Eu seria uma pessoa triste e deprimida.
Quem me conhece, sabe: não sou assim!
A-D-O-R-O-M-E-D-I-V-E-R-T-I-R!!!!!!

Bom... vou contar um pouco do porquê andei meio sumida.
Outro motivo [além do cansaço inicial por causa do trabalho], eu estava fazendo os enfeites de Natal pro trabalho da minha mãe.
São como este que mostro a seguir, feito com CD de propaganda, glitter, lantejoulas, umas fitas e cola. Depois ensino direitinho como fazer, ok? Não é difícil.

Não faz idéia de como fica isso aos montes, na parede... [joinha! ;)]

Trabalhar recebendo um "vale coxinha" pra almoçar [R$4,00] tem um grave problema: não dá pra comer muita coisa. [Pior se você pensar que eu nem estou recebendo-o ainda...] Mas já estou me acostumando ao valor... e comendo dentro desse valor. O "bandejão" da FATEC é só R$3,50 para funcionários. \o/
Mas como não dá pra encarar todo dia o "bandejão", já fui algumas vezes no pastel da R. Três Rios... e levei esse lamen [miojão] e preparei no "trampo":

Gostoso... apesar de ouvir protestos no Facebook de que isso faz mal à saúde...
[quem manda eu twittar até sobre o que eu almoço???] hahahaha...

Outra "arte" que andei fazendo esses dias foi a "famosa" guirlanda de Natal com balas de morango.
"Famosa" porque já foi um ícone nos anos 80... repetiram a dose nos anos 90... e pra ver como não sai de moda, quando fui comprar as balas, o tiozinho da loja de doces me perguntou com tom de piada: "vai fazer a guirlanda, né?".... Posso com um vendedor desses? Kkkkkkkkkk...
Veja como é fácil:
Amarrei-as, amarrei à base feita com arame e enfeitei com fita. Pronto.

Vai bala pra caramba! Compre 2 pacotes.

Detalhe das balinhas. Eu, formiga, fico babando com uma visão dessas...

No meio foi amarrado o presente da Dona Berta, que ganhou esta guirlanda de amigo-secreto da minha mãe. Sorte dela, né? Sorte dela que eu a conheço de longa data...

E já é Natal pra mim também!
Ganhei da Alessandra [do trabalho] um copo com o Buzz Lightyear pra fazer companhia ao meu bonequinho do Buzz que deixo na minha mesa.
:)
Mas o copo eu trouxe pra casa. Ele é de vidro. Fiquei com medo de acabar quebrando-o lá no trabalho.
O meu bonequinho vive caindo [ou pulando] da mesa... "Para o infinito e além!!!!"


E levei pra Alessandra essa caixinha aí abaixo [Sim! É feita de postais! - ensinei a fazê-la faz alguns posts anteriores]. O que tem dentro? Surpresa!

A sala da Procuradoria Jurídica do Centro Paula Souza recebeu decoração de Natal e foi por conta da Alessandra. Eu só dei uma mãozinha.
Penduramos esses enfeites de sinos no "nosso cantinho"...

"Dá um olá aí, Alê!"

E essa é a nossa "arvinha" de Natal.
Tem até pisca-pisca!
:)

Tá cheia de cartões que são enviados pro departamento.
Mas vão só no nome do chefinho... o Benê.
Mas ele é tudo de bom, então tá valendo.

Já devem estar pensando... "Agora que trabalha, não vai mais blogar???"
Quem já tem esse vício, não tem mais cura não, viu?
Não é à tôa que estou por aqui desde 2002...

A trilha sonora de 500 dias com ela tá tocando sem parar no meu mp3...
Ando um pouco cansada. Mas nada de anormal.
Estou feliz. Mais por dentro do que por fora...
Tem horas que penso que este trabalho é leve demais pra mim.
Ele não é difícil. Só um pouco complicado de se entender, assim, logo de cara.
A lógica é estranha pra mim. Só isso.
Depois que compreender o fluxo da coisa, perde um pouco da graça.
Digo isso porque sou uma curiosa por natureza.
Gosto de descobrir as coisas, de inventar, de conhecer coisas novas...
De encontrar solução pra coisas difíceis.
Mas se cair logo na rotina, temo por cair no mais mortal dos tédios...
Meu QI 132 não suporta rotina e tédio.
Mas como diz minha mãe: melhor um trabalho tedioso com salário no bolso do que nada.
Apesar que eu sou a favor do ócio criativo, e nada, neste caso, é bem vindo... hahaha...

Detalhe: essas artes que eu faço e mostro por aí, no blog, sou eu que faço mesmo.
Tem coisa que eu preciso ver um feito, tipo a caixinha de postais, pra saber como faz.
Ou como o origami que outro dia mostrei uma foto aqui no blog, que também fiz baseado em um modelo feinho que vi numa lojinha na Liberdade...
[É... sou perfeccionista. Não suporto coisa mal feita. E se eu faço, eu mesmo descarto. Jogo fora. Dispenso.]
Mas como os CDs de Natal, a guirlanda... Ninguém me ensina sobre isso... Simplesmente sei.
Tem horas que até eu acho estranho isso.
Eu simplesmente faço porque sei.
Pra mim parece tudo muito óbvio. Em poucas horas e já faço as coisas em ritmo de produção em série.
Minha mãe fica louca, sem entender nem o primeiro...
Confesso que tem horas que faço mal feito só pra que as pessoas à minha volta não fiquem humilhadas.
É... eu me rebaixo pra não humilhar.
Eu tive uma infância cheia de elogios.
Isso me tornou uma pessoa um tanto orgulhosa. E eu me condeno por isso...
Tem horas que sou pior que o Dr. House... Hahahahahaha...
Vou aprendendo aos poucos o que essa vida vai nos ensinando...
Mas que minha família é um bando de doidos... Ah! Isso é.
E nem chegam perto do meu QI... Haja paciência...


Assisti:

- House - Não só House voltando a ser ele mesmo, mas corrompendo o Dr. Wilson. Nice! :) - Pena que agora só volta ano que vem... (25.jan.2010)
[S06E09]

- Glee - Cena de beijo!!! Corram! - e já adicionei o Vol.2 deles no meu mp3. ;)
[S01E12] [S01E13]

- Fringe - Sou "shipper" mesmo e não vejo a hora de Olivia ficar com Peter... hahaha
[S02E09] [S02E10]

- V - Volta só em março de 2010 e até lá ficamos sem saber o que vai acontecer afinal.

- FlashForward - Coisas mudando de rumo...
[S01E10]

O jeito é ir assistindo Californication que estou atrasada enquanto aguardo o retorno de House e V, além de Lost...

Lendo:

- De A-ha a U2 - Zeca Camargo - Tou quase acabando e estou adorando. :)
Dá vontade de encontrar com o Zeca e se tornar amiga dele só pra ficar ouvindo essas histórias pessoalmente dele.

- The Godfather - Mario Puzo - Lendo em inglês o livro que deu origem a uma das melhores trilogias do cinema. Ainda estou no começo.

- Os Irmãos Karamazov - Dostoiévski - Esse estou lendo no celular, no formato digital. Ao menos é "mais leve de carregar"... hehe Também estou ainda no começo.

[Quê que eu tô fazendo acordada 3h30 da madrugada??? Daqui a pouco tenho que estar acordando pra ir trabalhar!!! Dormir, já!!!!]