7 de dez. de 2013

Turandot - Royal Opera House - Cinemark


Muitos podem achar estranho ir ver uma ópera no cinema, com pipoca amanteigada e refrigerante grande.
Os valores de ingressos são assustadores (R$60,00 a inteira) que talvez nem em Londres pagaria tal quantia pra ver uma ópera no Royal Opera House (ingressos a partir de £3.00 a £175.00 na temporada passada, para referência). O ambiente é estranho para ópera, mas boas salas de cinema garantem também boa qualidade de áudio com direito a vista privilegiada das câmeras que não seriam possíveis sentadinho no seu lugar no teatro.
Turandot é uma obra de Puccini, cheia de amor e morte, em um estranho ambiente chinês criado pela imaginação de quem nunca foi à China.
A produção do ROH é mais simplista que a antiga versão com Monstserrat Caballé (Google it), porém cheia de cores e vozes que envolvem o espectador.
O início nos deixa apreensivos ao ver o tamanho do palco, pequeno e escuro, que cheguei a desacreditar que fosse possível encenar 3 atos tão gloriosos em tão restrito espaço.
A obra é envolvente e emocional. Tem horas que a vontade de puxar o lencinho é inevitável...


O trio Ping, Pong e Pang é quem conduz a história, trazendo as personagens e as levando embora. Por momentos parecem prever o fim, por outros, querem mudá-lo completamente. Três lindos moços com maravilhosas vozes.


Turandot não traz feições orientais sequer na maquiagem, apenas vestimentas e um longo cabelo (#offtopic meu cabelo é comprido e tá quase nesse tamanho... mas não é aplique... é natural... hahaha). Alguns gestos ainda tentam nos convencer, mas fica devendo. Ao menos sua voz é louvável. 
Acho, ao meu ver, que podiam trabalhar um pouco mais, afinal, ela é a princesa, personagem central da obra e merecia algo mais suntuoso para representá-la visualmente.
Calaf consegue ser envolvente, apaixonado e tem uma voz invejável (ok, confesso que gostei mais do Ping/Dionysius Sourbis, um belo grego) e Liu se revela mais do que apenas a serviçal ao fazer parte de tão crucial momento da ópera.


Achei também interessante fazerem intervalos entre os atos, mesmo no cinema. A obra tem cerca de 3h e os intervalos foram usados para interagir com a hashtag #ROHturandot pelo Twitter.
Como em algumas cidades a apresentação foi ao vivo e em outras, como em São Paulo-SP-Brasil (aqui), foi replay da apresentação, perde um pouco a graça do ineditismo, porém ganha em sua extensão de fronteiras, chegando em cidades onde sequer imaginariam ver uma ópera.

Em alguns momentos não tem legenda (levei um tempo pra entender que repetiam alguns trechos da letra) e ficou estranho eu tentando entender o que estavam cantando. 

Ver um teatro inglês com uma ópera em italiano encenando chineses deu nó nas ideias.

Recomendo.
Melhor que The Voice, sabe? ;)

16 de nov. de 2013

Se o mundo não está bom para você, talvez o errado não seja você.

Acho ótimo quando não estou em crise.
Quando não estou triste demais.
Quando não estou pensando na morte.
Quando não preciso ficar dando explicações a todos que me cercam.

A zona de conforto é uma merda.

Everytime in my head something says to change the world.
Not only do something nice, but something for ever.

Só preciso encontrar o caminho certo.

27 de set. de 2013

Alone. And I like it...



Fix You

When you try your best, but you don't succeed
When you get what you want, but not what you need
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse

And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try, to fix you

And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try, you'll never know
Just what you're worth

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try, to fix you

Tears stream down your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I...

Tears stream down your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face
And I

Lights will guide you home
And ignite your bones
I will try to fix you

21 de jul. de 2013

Uma deprê e muita leitura

Tenho sido ausente no meu blog por diversos fatores e um deles é minha depressão. Passei a postar mais fotos no Instagram e eventualmente twittar, mas pouco tenho escrito sobre minha vidinha a quem vem no blog... Tenho tomado remédios pra melhorar e não tenho tido bons resultados. Ou ando muito deprimida e os remédios mal fazem cócegas, ou não fazem efeito algum e só estou me ferrando. Meu dia a dia sempre foi tedioso. Não me lembro de algum momento que eu diga que era feliz e não sabia. Hoje tenho um bom trabalho, estou aí terminando uma pós graduação, tenho ótimos amigos... mas não encontro alegria em viver. Ultimamente tenho acordado pra chorar, não pra viver. E isso é incontrolável. Tem dias que acordo super animada com os planos que fiz para realizar no dia e choro de uma tristeza profunda e de um vazio que parece querer me implodir com um buraco negro emocional em meu peito. Os pequenos problemas se tornam gigantescos. O que era rotina parece querer me impedir de seguir em frente. Morrer é um pensamento constante. Mas acredito que tem muito idiota pra morrer nesse mundo antes de mim. Não posso ter estudado tanto pra morrer gratuitamente por motivos egoístas. Quero fazer diferença nesse mundo. Preciso. Mas parece que sempre estou à sombra de algo tão grande, mas tão grande, que não consigo nunca chegar ao sol... Tudo está sempre num clima da cinzento. Sem graça. Meus talentos e meu brilho pessoal se tornam ofuscados, opacos, impossíveis de serem vistos nessa neblina densa. É como querer imaginar o horizonte sem conseguir enxergar um palmo à frente. Isso desanima. É estranho quando a gente fica um dia triste, filosofando consigo mesmo... É decadente quando isso acontece todos os dias e a vida passa por nós sem termos aproveitado um pouco que seja dela... Pra não ficar pensando na minha morte, fico lendo livros pra minha monografia da pós... O literal "cabeça vazia é a casa do diabo"... Marco compromissos que me tirem da cama no fim de semana. Sair pode ser caro, me faz perder um tempo danado que poderia dedicar a alguns trabalhos, mas se tornaram vitais para que eu não me afunde nessa areia movediça chamada cama da depressão... É engraçado e estranho ao mesmo tempo ver que eu fico me sabotando e instigando ao mesmo tempo. É estar se atolando e ao mesmo tempo querer voar. É querer pôr fim em uma vida e fazer planos como viajar com amigos, fazer outra graduação, sondar outros empregos, começar uma coleção de carrinhos... Ou ando muito doida, ou isso só é possível se eu fizer tudo como um zumbi ou alma penada, porque tudo junto ao mesmo tempo, não vai rolar. .. hiahsuahushauahs... Bom... volto a escrever em breve. Já que não vou morrer tão cedo. Obs... Ainda preciso escalar o Pico da Neblina e visitar o Chile e boa parte da Europa. Por isso que não dá pra morrer agora... =/

19 de mai. de 2013

Não tenho amigos invisíveis pra conversar comigo



Coldplay
Talk

Oh brother I can't, I can't get through
I've been trying hard to reach you
'Cause I don't know what to do
Oh brother I can't believe it's true
I'm so scared about the future
And I wanna talk to you
Oh I wanna talk to you

You could take a picture of something you see
In the future where will I be?
You could climb a ladder up to the sun
Or write a song nobody had sung or do
Something that's never been done

Are you lost or incomplete?
Do you feel like a puzzle,
You can't find your missing piece?
Tell me how do you feel
Well I feel like they're talking
In a language I don't speak
And they're talking it to me

So you take a picture of something you see
In the future where will I be?
You could climb a ladder up to the sun
Or write a song nobody had sung or do
Something that's never been done, do
Something that's never been done

So you don't know where you're going
And you wanna talk
And you feel like you're going
Where you've been before
You'll tell anyone who'll listen
But you feel ignored
And nothing's really making any sense at all,
Let's talk
Let's talk, let's talk, let's talk