4 de jun. de 2009

Paranóia

Sim.
Paranóia.
É do que se trata o filme O Número 23.
Assisti-o depois dos 9 últimos episódios de Life.
Já disse que realmente adoro Charlie Crews?
Mas... voltando ao filme, interessante.
Nunca vi Jim Carrey tão... perturbador.
Assim como só agora que reparei que todo imbecil que resolve filmar algum filme no cinema vive tossindo durante a gravação.
Vai ver, esse foi o destino do Canceroso: filmar filmes escondido em cinemas russos para um mercado negro de legendadores brasileiros. É uma teoria interessante.
Mas agora vamos falar do detetive Crews.
Realmente é uma figurinha peculiar.
Quem sabe algum dia encontro o caminho para o zen.
Crews me ensinou uma coisa: saborear as frutas.
Vê-lo comer uma pêra é simplesmente delicioso. É como se eu pudesse sentir o suco da fruta entre meus dentes.
Ou como diz Meg Ryan em Cidade dos Anjos:
"... é como areia doce que derrete na boca..."
Life era realmente interessante.
Vou sentir falta de Charlie Crews.



Tenho uma teoria.
Acabamos por gostar de coisas pelas quais nos identificamos.
E achamos completamente idiota e chato e ruim qualquer coisa pela qual não nos identificamos.
O que me intriga é
Como pode tantas pessoas tão diferentes se identificarem pelas mesmas coisas?
Reparo pelas pessoas que me cercam.
Pelas pessoas com as quais convivi.
Como podemos ser tão diferentes e ao mesmo tempo... tão iguais?
Gostar das mesmas bandas, dos mesmos lugares, das mesmas comidas, estudar as mesmas coisas, ler os mesmos livros, fazer os mesmos esportes, querer ter um mesmo futuro...
Por um tempo eu procurei pessoas diferentes de mim.
Na possibilidade de encontrar alguém que me completasse. Alguém que tivesse algo de diferente a adicionar em minha vida.
Sabe o que descobri?
Se essa pessoa existe, nunca a encontrarei.
Já que ela nunca estará no mesmo lugar que eu.
Curioso, não?

Agora... só quero dormir um pouco.
Tenho que ir mais tarde ao supermercado.
Mas alguém está batendo com uma enxada na calçada, tirando a grama que insiste em crescer nos vãos do cimento. Essa pessoa já está fazendo isso faz uns 15 minutos. Todo tempo que estou aqui escrevendo.
Isso é tão irritante e não colabora nem me anima a dormir.
Temos 8ºC lá fora. Sensação térmica de 6ºC.
Estou em uma cama quente, debaixo de dois cobertores de casal dobrados e um enorme e pesado futon.
Por que raios eu continuo escrevendo ao invés de dormir?
Não durmo desde ontem.
Talvez, realmente seja uma boa idéia dormir um pouco.
Mas é que...
Hoje não estou com aquela vontade de querer esquecer...
Talvez... só quero ter certeza de que não estou sozinha.
Não estou escrevendo à toa.
Alguém aí do outro lado deve estar me lendo neste momento...
Será?
"Será só imaginação?"

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