24 de out. de 2007

Pilha fraca

Como é que a gente fazia nos anos 80?
A pilha meio fraca, a gente colocava no congelador, pra durar um pouco mais, dar aquela recarregada???
Hahaha...

Sim, estou exausta.
Parece haver apenas um leve sopro que me segura ainda de pé.
Um fino fio que me suspende no ar.

Mas minha vontade não é dormir um sono eterno.
Minha vontade é chorar.
Pôr pra fora todo o peso que estou carregando dentro de mim.

É tanta coisa inútil que tenho carregado...
Um ódio besta.
Um egoísmo barato.

De repente, eu poderia esmagar com fúria o pequeno ser, mas...
Eu o observo tranqüilamente.
E espero ele se levantar e tomar seu rumo, indiferente de minha posição para com ele.

Eu tenho a maldade em meu espírito.
A maldade circula por minhas veias.
E o que ganho com isto?
Humildade.
Serenidade.
Paz interior.

É tão difícil sabermos o que somos.
Quem queremos ser.
O que éramos?

A dor que sinto é humilhante.
Eu me humilho diante de mim mesma.
Podem não ver, mas eu tenho me decepcionado comigo mesma a todo instante.
O que estou fazendo?

Está difícil ser quem eu quero ser.
Manter a calma.
Fazer tudo com perfeição.
Enfrentar tudo com coragem.
Não ter ciúmes.
Não ter medo.

Não é fácil ser a garota perfeita.
Exemplo.
Modelo.
Padrão.

É tão vazio quando se faz tudo que dá na telha.
A gente se sente leve. Jovem. Com tanta energia.
Não precisava me preocupar com o que os outros pensavam sobre o que eu fazia.

Tenho medo.
Quem ama tem medo.
E não gosto deste medo...
Ele me enfraquece. Me deixa sem armas para lutar.

Ando carente.
Quero apenas ser eu.
Mais ninguém.

Quero poder sorrir com sinceridade.
Ter a alegria comigo.
Onde ela foi?

Sinto uma dor na alma.
E ela grita comigo.
Não olhe para trás...
Apenas começamos...

Não desista.
Não me deixe ir embora.
Por quê a tristeza tem que ser tão dura comigo?

Esta carga é muito pesada para mim.
Me sinto sufocada.

Não deixem que o ódio me cegue.
Não deixem que o cansaço me paralize.
Não me deixe.

Oásis.

"Cuide bem do seu amor, seja quem for".

Estou tentando.
Mas não encontro forças sequer para falar...
Tanto a dizer...

O corpo quer relaxar.
A alma entende.
Não posso. Ainda não. Mais um pouco...
Espere...
Até quando?

Estou tão exausta...

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