O mundo não acabou.
18.12.02 - 04h56
Olho o relógio do meu celular e já nem me espanto com estas loucas horas que vejo.
Por inccrível que pareça, me sinto feliz.
Não é todo dia que se pode ler um livro inteiro ouvindo Pink Floyd.
Passei a madrugada toda lendo A Cor Púrpura, de Alice Walker. Exatamente aquele que virou um lindo filme que não deu nenhum prêmio ao Steven Spielberg.
Ah, depois do último que eu citei da Agatha Christie, eu não li nenhum.
Quanto ao Pink Floyd, qualquer um que me conhece bem sabe que eu adoro Pink Floyd.
Mas foi quase surreal passar das 10h da noite até agora ouvindo Pulse, acho que umas 3 ou 4 vezes. Parece que nunca termina.
Me senti feliz porque adoro esse disco, mas não o tenho.
Agora devem estar se perguntando como ouvi Pink Floyd. Calma! Eu digo.
Meu vizinho tem um péssimo hábito: ouvir música no último volume, mesmo de madrugada.
Felizmente ele não tocou bossa nova nem pagode... UFA! Até que enfim algo audível...
Estou até agora leve e cheia de sorrisos.
Me emocionei mais em ouvir Floyd do que ler o livro.
Era como se eu estivesse vendo de novo aquele vídeo de 2h30 de duração.
Nunca esqueço do dia que passei a tarde toda com o Corujão no Shopping Tatuapé fazendo nada, até que ele olhou para uma vitrine e falou "Vai começar!" e sentou no banquinho em frente a loja. Passamos cerca de 2h15 sentados naquele banco olhando uma tv de vitrinhe. Até que eu tava com minha bunda doendo, não tinha nem guaraná nem pipoca, e eu tinha que ir pra casa.
Nunca esquecerei aquele dia.
É muito surreal pra ser verdade...
Poh, aquele show é lindo.
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