22 de jan. de 2004

Coisas para se reparar em 45 min. em uma estação do metrô:

- Luíza chega perto da catraca e olha em volta. Renato vem se aproximando da catraca, um pouco devagar... Eles se olham e dizem: "- Renato?" "- Luíza?".
- Mãe e filho, na catraca. A mãe diz dez mil vezes para o filho tomar cuidado com a piscina, com quem fala e para ligar pra ela. Lhe dá o dinheiro da viagem e deixa seus cadernos e livros caírem duas vezes durante a conversa. O filho, é claro, preferia não ter tido aquela conversa em público.
- Uma garota de all star azul, cabelo vermelho, camiseta amarela e saia xadrez. Infelizmente, era uma mocreia das bem feias...
- Um senhor que queria chegar na estação Barra Funda, mas não tinha menor idéia de como ir... Gentilmente, eu indiquei o caminho e ainda indiquei nos mapinhas da estação o caminho que ele deveria percorrer.
- A garota do all star azul encontra seus amigos, mas de tão empolgada, nem percebe que sua calcinha cor de rosa está aparecendo...
- Um casal apaixonado que passa pela catraca de mãos dadas... Cada um em uma roleta.
- A mãe coruja que ao se despedir do filho, pede um beijo. Mas o desnaturado do Guilherme ficou com vergonha de dar um beijo na mãe, ali na minha frente, a menos de dois metros...
- Um velhinho japones, carregando sua banquetinha e sua bengala.
- Um executivo, com uma pasta, se sentindo todo importante, que passa olhando desconfiado para minha pessoa, que no momento estava empunhando uma pequen caderneta e uma caneta.
- Encontrar às 10h da manhã um velhinho cego que mora ao lado do Centro Empresarial do Aço, na Conceição, andando com um funcionário do metrô na estação Santana.
- Entrar no trem e ouvir um cara sacoleiro (porque ele estava batendo com suas dezenas de sacolas na minha cara) dizer que havia uma bomba numa caixa de sapatos, debaixo de um banco atrás do meu, e pedindo para companheira sacoleira dele não sentar-se próximo a caixa. Uma senhora nada medrosa foi lá e abriu a caixinha e disse: "- Tá vazia".

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