15 de nov. de 2008

Doente.

Estou doente.
Ainda não sei o que tenho.

Dores de cabeça desde junho.
Dor no estômago.
Dor no intestino. Acho que no mês não tive diarréia dois dias.
Dor nas costas.
Dor no pulmão.
Dor de garganta.
Dor na vista. Já viu um olho enxergar melhor que outro? Problema é o cérebro tentando juntar uma imagem ruim com outra boa... fica uma mercadoria só...
Falta de ar...
Enjôo. [A revisão ortográfica não vai chegar tão cedo nos meus textos...]
Ânsia. Chama o Hugo aí...
Nariz sangrando.
Dor de dente.
Cansaço.

No fim, não tenho vontade de comer, não tenho vontade de beber, não tenho vontade de fazer nada além de dormir, pra não sentir a dor que me consome, cada dia em uma parte do meu corpo (e às vezes, em várias ao mesmo tempo).
Estou exausta de lutar contra mim mesma.
Estou exausta de lutar para sobreviver.

Sobreviver para quê?

Não sei nem ao menos o que quero ser na vida.
E quem é que sabe o que quer ser?
Quem eu amo não me quer.
E quem me quer não amo...

Estudo um curso que não pago, mas também não entendo lá muita coisa.
Se pudesse escolher outro curso, não escolheria. Não sei o que quero.

Estranho de viver em um mundo massificado é que quando não se quer o mesmo que todo mundo, vc é taxado como do contra. Se quer o mesmo, é Maria vai com as outras. E quando não escolhe nem um, nem outro, vc é um nada.
Tenho pessoas que me amam e outras que me odeiam. Não há meio termo.
Mas sinto dizer às que me adoram que eu não sou o que elas imaginam que sou. Apenas sou o que sou. Existo.
Não sou ídolo e nem quero ser. Como me conter?
Aos que me odeiam, podiam me odiar um pouco mais. Uma pena seu ódio não me afetar...

Enquanto viver, vou procurar saber quem sou. O que quero e porquê vivo.
Mesmo sabendo que não há resposta.

Saberei eu as respostas para os problemas mundiais?
Talvez.
Nem eu seu porque juntei Telecomunicações, Turismo, Administração e Economia em uma mesma pessoa.
Porque estudei sem nunca concluir o Inglês, o Espanhol, o Turco e o Japonês. Talvez por nunca ter entendido mesmo o Português.
Sou uma pessoa que não me adequo ao meu tempo, ao meu mundo, à sociedade...
Não encontro meu lugar.

A liberdade de vagar não paga o preço de ser apenas mais um no sistema.
Eu só queria ser mais um no sistema.
Mas eu não sei ser um ser comum. Não sei pensar como apenas mais um.
Não sei me comportar como qualquer um.
Não me conformo.

O que há de ruim em ser diferente?
Não há lugar para quem é diferente.
Quem é diferente não ocupa o lugar de um operário padrão.
Não bate pregos. Não fecha caixas. Não vende alfinetes.
Quem é diferente quer vender sonhos.
Quem é diferente quer mudar o mundo.
Quem é diferente acredita que todos podem ser diferentes.
Mesmo quando tudo é uma massa uniforme e cinzenta... Onde nunca há lugar para um diferente.


Antes, estava mal só fisicamente.
Passei a ficar mal psicologicamene.
E agora, também estou mal emocionalmente.
Não sei se vou sobreviver.
Não sei se querem que eu sobreviva.

Se eu tiver alguma importância para o futuro deste planetinha... Sobreviverei.

#prontodesabafei

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