Pois é, galera.
Passei no vestibular, mas não vou para a faculdade não.
Pra variar, o motivo é sempre o mesmo: não tenho grana pra pagar a faculdade.
Paciência.
Fiquei relembrando neste último mês, os bons momentos do "fuma, bebe, só pensa em trabalhar"... Era bom este tempo. Mas acabou.
Assim como outra etapa da minha vida acabou.
Mais nada de shows, entrevistas, noites de baladas junto a uma galera famosa de roqueiros, bandas, roadies, produtores...
Sinto um vazio enorme.
Não tenho emprego.
Não tenho ânimo.
Não tenho vontade de viver.
Paciência.
Passei no concurso para trabalhar no Metrô de SP, mas onde está o resultado do último exame??? Até agora não publicaram... faz meses...
Paciência.
Encontrar com os antigos amigos da Federal me fez muito bem.
Poder rever estas pessoinhas que moram no meu coração e ver que estão aí, trabalhando, batalhando, sobrevivendo e sendo felizes na vida me enche de orgulho.
E me faz ver que não saí do mesmo lugar.
Pareço estar rodando em círculos, onde nunca encontro uma saída para seguir adiante, encontrar soluções, viver.
Minha vida parece ser falsa diante dos meus olhos.
Não sou feliz sendo o que sou, e o que quero ser, está muito distante e impossível de se alcançar.
Me sinto frustrada e pior.
Me afundo na minha depressão que minha mãe se recusa a buscar tratamento...
Meus dias são de completa tristeza.
Sim, eu sei que tenho uma luzinha nestes meus dias de escuridão.
O Juliano me dá forças, consegue abrir um sorriso neste meu rosto.
Mas tem vezes que minha tristeza é mais forte.
E só quero ficar só, no meu canto.
Não tenho lido nenhum livro nos últimos dias...
Outra paixão que acabei por abandonar...
Mal fui ao cinema.
Uma pena.
Às vezes olho para cima e ainda tento me animar.
Pensar que tudo vai mudar.
Que vai melhorar.
Mas aí páro para pensar, como vou melhorar?
E recaio na tristeza novamente, por saber que não tenho saídas...
Acordo todos os dias na ilusão de achar a grande resposta.
Mas ainda não a encontrei.
Porque não sei o que quero da vida, muito menos sei se quero viver.
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